Autorretrato - Capítulo Seis - Imperfeitas perfeições
As infindáveis dúvidas e questionamentos que se auto burlavam em outros, colocavam-se confiantes onde quer que encontrassem espaço, e diluíam-se como necessários a todos os momentos. Então vagando ela divagava pelos espaços da vida, escarnava a alma em suas constantes perguntas, mergulhando em seus temores com toda a intensidade que podia, querendo se livrar do que mais vivia. Tudo, que não era, mas parecia ser, resumia-se ao medo, de não ser plausível de aceitação ao que dizem bom, normal, ao que é desejado e idealizado em suas imperfeições... e aí vem outras questões. Não era possível ver a perfeição a não ser como um conceito morto, por isso, como sempre, nada era possível de perfeição para si. Da mesma maneira que idealizar as imperfeições. Já que dizem do perfeito impossível, dizem então, serem perfeitas as imperfeições, para poderem se incluir, inaceitáveis, no aceitável. Em sua mera hipocrisia, não conseguia entender...