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Mostrando postagens de novembro, 2014

Nó em pingo d'água - Declínio

De frente consciente Pelas costas só apostas A covarde resposta de lorotas Quando se sabe o erro que mente Na cabeça a imaturidade te atormenta No espelho a imperfeição te deixa isenta Enquanto meus acertos te perseguem Sua cara lavada De maquiagem contada Eu fico aqui a esvaecer E você sem ao menos me temer Não consigo te corresponder A minha verdade pouco importa Seu ego sabe como me colocar no chão De dia Ou sem pia Minha mente te esvazia E sua plástica de mentira me mantém viva Me escondendo em um galpão Me chame de desilusão

Hipo(crê)sia - Cumplicidade

Loucura! É tudo o que tenho para falar dessa sua hipócrita culpa. Como se ninguém te visse, como se nada te ouvisse, você acabou virando essa solidão para poder teatralizar toda a sua desesperada culpa nos fantoches que te circundam, acreditando estes terem conquistado uma vida com o mestre Gepeto. Acho que suas mentiras são tão absurdas que ninguém realmente chega a acreditar em você. Só pode! Todos os soldados permanecem em seus postos nos fortes por medo da sua tirania, e sua pura covardia te mantém longe do campo minado pelas bombas que cultivou. Pode me olhar como se eu fosse a traidora no meio da maquiagem que carrega todos os rostos ao seu redor, mas eu sou a única estúpida a ver, a única insana o suficiente para conseguir te reconhecer. As mentiras baratas não me convencem e o veneno manipulativo não me preenche. É meu o erro que viver uma enxaqueca por dia, mas não consigo me deixar acreditar tão facilmente nesses fingimentos de calmaria. Sou a tranquilidade mais pesada que po...

Autorretrato - Capítulo Quarenta e Três - Vintém

         Vejo-me sorrir e me sinto triste. Existem verdades que nunca vou revelar, não consigo me mostrar assim, pois não vejo nenhum sentido, não consigo conversar nem com o meu umbigo.         Meu problema foi falta de cola, aí me falta ter apego por gente, a minha viscosidade só gruda em idiotices, e dei o azar de tropeçar em algumas pessoas feitas disso. Acho que foi culpa do meu destino desastrado que ficou a escorregar.         Não sei se consigo me entender, e esta é uma das asneiras que não consigo explicar. Acho-me uma falta, penosamente vagarosa e medrosamente assustada, com a minha inexistência de propósito.         Vejo egos que ferem o amontoado de erros que pareço ser. Sem maiores questões, eu me permito de todas as maneiras que ninguém vê. Escutei muitas palavras hostis fazerem uma imagem tão resistente de mim que escolhi morar dentro des...

Nó em pingo d'água - De pena

Urubu De caju Venha comer urucum No meio desse zum zum zum Venha celebrar a morte Com todo esse porte