Hipo(crê)sia - Cale-se
Ah! Vem cá! Me calar a boca e me dar um chá, pra ver se afoga essa minha revolta. Não entendo a relação de vocês com esse sufocamento da raiva, sempre que jogo todo o meu ódio para fora, vem as mais diversas pessoas querendo me acalmar. Pessoas próximas, e pessoas distantes, gente que mal sabe metade do que tem dentro da gente. É cômico de tão bizarro! As pessoas vem correndo querendo que você recolha tudo isso do que acabou de se livrar. É um desespero inconsciente, pois estamos fazendo uma mudança nos padrões, libertando a fúria de repreensões absurdas, mas ninguém quer mudar, pois não sabem se terão segurança em algum lugar. Eles só não se perguntam o que a gente faz com essa falta atravessada que corta a nossa alma?! É fácil quando eu quero continuar segurando meus privilégios esfregando a sua boca com sabão, pois não é abaixo da minha goela que vai ficar a confusão. Então calem os demônios, pois eles podem estragar a ilusão, podem vir com partes de verdades, e isso é o nosso conceito de maldade, pois leva as ruínas as mais altas castas, que sobrevivem da miséria que deixam cair ao chão, para furtar o seu sustento. Cale-se então.
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