Autorretrato - Encontro de titãs: ego, arrogância e prepotência
Estava refletindo sobre a vida, e gosto de falar bem assim, quando penso nessa frase chego a rir, pois é bem isso: estou refletindo algo que se apresenta no entorno, um reflexo de um encontro. É um tanto engraçado e curioso, pois tem pessoas que adoram invalidar as percepções, sabe como? "Mas quando foi isso? Não é coisa da sua cabeça? Não, é desse jeito, é que quem nunca passou por isso não sabe!".
O que aconteceu foi que achei engraçado a contradição, pois a mesma pessoa que quis invalidar a minha percepção, em um momento em que eu disse ser 'uma percepção bem pessoal', foi a mesma que quis validar o próprio discurso, a própria percepção sobre a vida, e sobre algumas experiências específicas, dizendo que não é possível para os outros saberem. Só ela sabe o que viveu, mas ela sabe o que eu não vivi, e vivi, e achei que vi, porque sou uma reles mortal, e ela, ah, ela é um ser mais elevado, que vibra nas frequências do sagrado. Pra mim o sagrado é mundano.
Já havia percebido que estava naquele momento em um grande encontro de titãs, no qual não participaria dos jogos de poder que se apresentavam. Estavam lá o ego, a arrogância e a prepotência, ditando os valores de coerência, dizendo me desprezarem, já que navego por esses mares enquanto eles flutuam na superioridade divina. Vou oscilar nessa reflexão, pois vou refletir a vilã e a ignorante, a que não sabe usar os próprios poderes e a que não tem capacidade para ser considerada entre essa gente.
Acho curioso o divino se apresentar com tanta arrogância e prepotência, julgando-se a melhor imagem, não seria tudo isso a mesma miragem? Mas não posso dizer, caminho demais nesse mundo para entender, deveria fazer as outras coisas, como eles, deveria me julgar salvadora, reconhecer essa verdade absoluta, pois o resto é apenas luta. E quem será que movimenta o mundo? Quem se diz santo, ou quem luta? Quem será que move mais as estruturas?
Estava estabelecida a imagem periférica que compunha aquele ego: os mais sagrados, os mais elevados e os que estavam tentando ser essa imagem. E eu? Ah, eu? Eu estava navegando pelos mares, caminhando com os meus pares, como poderia saber do que falavam? Eu ando apreciando demais a vida para poder compreender essa noção tão elevada. Fui a pedra no sapato do titã que mancava, mas não sabia de onde aquela dor vinha.
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