Gente
Aquela, quem era, que foi ela, encontrada na lapela, carcomida em aquarela, desfeita na própria seta, foi ela quem me disse que da vida eu seria mais bela, mesmo eu não acreditando na própria ferida, tive que encarar que mesmo com nada ainda seria.
Deixei a frase ser verbo, e a conjunção adornar que nem advérbio, precisei procurar o tipo certo de remédio, que curasse doença que nem existe na cabeça, mas que ainda assim vira um tipo de sentença, mesmo quando a gente que te cerca não gosta do martelo que defere o defeito do enterro. E quem morreu nem veio.
Marquei a data e também fiquei de boca calada, achando que não entenderiam, sem saber se o feito era fuga ou desespero, porque naquele momento era tudo que mais parecia o mesmo. Coloquei palavra onde quiseram vento, espaço de tempo, e deixei no silêncio aquele momento onde mais importava o olhar que me calçava, só que passaram insatisfeitos. Que tipo de gente se cala e nem consente?!
Já nem sabia mais que nome dava para aquilo que dizia minha, já nem conseguia mais chamar a vida por uma ação egoísta, queria o fim para que fosse o início da vida, mas disso parecia que ninguém entendia. Pensei que era contradição ou invenção, não das boas, mas das que te deixa na mão. Senti tua falta, mesmo que diga que não.
Acho que de gente, já nem sei mais ser coerente.
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