Hipo(crê)sia - O caso
Não queria dizer nada, mas parece que eu sou um grande caso desencontrado, desses que ninguém acha no dicionário. Já me falaram que eu deveria ser mais grato, honrar o que me ensinaram, mas achei que fazer melhor era honrar sem desmerecer, parece que não. Acontece que essa honra de ensinamento vem junto com dominação, com alguém que é mais, por isso que sabe ensinar, mas eu nunca consegui entender isso aí direito. Não sei, nunca achei que era menos, e achei que era para sempre fazer melhor, mas não tem jeito, é sempre meu o erro. Quando é que eu devo perguntar? Pode ser um problema usar nunca e sempre, mas eu não tenho disposição para tudo o que fazem nesse mundão. Isso é um tanto problema, porque deveria estar mais perdido, mas me dizem perdição de qualquer maneira, não pode se perder na cabeça, tem que ser no braço ou na mão, em alguma coisa que pode ser vista e desmerecida, ou algo do tipo. Quiseram que eu abaixasse a cabeça, mas eu já sabia olhar pro chão, não foi novidade e nem maturação, sabia fazer isso e olhar no olho com imensidão, mas quem é que sabe fazer tudo isso? Não parece muito, e nem parece bom, não sei quando decidiram que era melhor eu ser menos, ou algo ruim então. Não sei se está certo eu te mostrar todo esse meu lado que é ilusão, mas eu nunca usei outra medida que não fosse a minha mão. Parece que é necessário que eu seja caso encerrado, mas sempre com a porta aberta para quem quiser entrar, é mais pra prédio abandonado. Mas acho que tudo bem, porque eu vou ficar no telhado.
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