Autorretrato - A louca
Ó lá! Lá vai a louca! Aquela lá, descabelada e com a boca solta. Aquela que não sabe se conter quando convém, aquela lá que fala demais. Sempre demais, até que chega uma hora que é de menos, perde toda a beleza e encanto, porque se mostra honesta demais, aí falta aquela falsidade plástica, aquela falta de opinião, aquela submissão.
Fui demais, e fui de menos. Mas sempre insuficiente para o que era necessário. Até que me perguntei quem estava ditando o que era necessário.
Ó! De novo aí! Querendo desdizer o que eu já disse, querendo achar que a sua opinião importa. Esse tipo de gente insana deveria ficar na beira da ladeira, esperando o empurrão quando fosse necessário algum descarte, afinal não tem mundo suficiente pra todo esse tipo de gente.
Disseram que eu não valia a pena, acharam-me arrogante demais, porque não recuei onde queriam, e quando recuei, foi que nem tsunami, para destruir qualquer coisa que estivesse no caminho.
Mas é insuportável mesmo essazinha! É louca! Eu nunca falei nada disso, é tudo invenção, coisa da cabeça dela. É por essas e outras que tem gente que não serve para fazer certas coisas, não é capaz de segurar a própria boca, não é capaz de submissão, como é que a gente vai controlar na palma da mão?
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