Hipo(crê)sia - Vai
Vai, julga mesmo, faça-se de ridículo e crie um tormento, seja toda essa confusão que carrega no peito, essa tua mania de defeito. Pode esperar, mas espera enterrado de uma vez, quem sabe isso te traz mais lucidez, fica aguardando o retrato falado, a culpa que quer tanto colocar no nosso prato, mas goela abaixo vai descer essa ignorância até o seu rabo. Já me falaram para amenizar as palavras, pra ser um pouco mais conformado, mas que se dane sua culpa mal colocada, seu remorso consigo próprio, não dá pra ficar terceirizando o próprio ódio, uma hora ele vem e te corrói no próprio remorso. Só queria fazer um pedido, para que destrua apenas o teu próprio juízo, deixe o resto da vida em seu estado latente, pois essa dormência que entorpece os sentidos é característica da tua gente, covarde, consumista e demente, cheia de coisas que as deixam descontentes. Vou parar por aqui porque já cansei desse relento, você que fique no seu próprio placebo, jurando-se ameno enquanto ignora aquele reflexo no espelho.
Forte e lindo,não sei falar sobre poesia,só sinto,da um baque,uma sacudida ,considero linda e necessária, da um choro,considero linda e necessária,da uma tristeza,considero linda e necessário,e pra aí vai o mar de emoções...descobri através dos seus textos que gosto de ler poesia,gratidão
ResponderExcluirUm pouco tarde talvez, apenas agora vi essa linda insensatez. Obrigada pela partilha, poder compartilhar alguma sensação efêmera com outra alma já me deixa por toda completa. Gratidão!
Excluir