Hipo(crê)sia - Ele, o único, o indignado, o que tem as melhores ideias, o mais esperto, o único digno de opinião

    Vamos lá, mais uma vez, explicar para o farroupilho de onde vem os empregos primeiro para os médicos daqui, o que chega a ser ridiculamente engraçado, pois a única classe a ser defendida é a rica, a única que tem o direito de usufruir da vida, de todas as leis, e quem mais precisa, quem está desamparado, sendo exorcizado nas margens do sistema, ah não! Esses não! Empatia não! Um preto pobre morre e já tem mais doze que acabaram de nascer para preencher o seu lugar na miséria. É querido, queria te dizer da onde vem a sua riqueza, como você conseguiu ser chefe de uma grande empresa, como você ainda pode falar tanta asneira e ser considerado um exemplo para sua bela espécime, espécime de porcos derrotados golfando o próprio ódio que lhes consome por dentro. Vamos lá, mais uma vez ignorar a bestialidade que personificas, a entidade das contradições mais pobres que vocês conseguem ser. Estamos no mesmo mundo, então tenho direito a essa vida, esse é o meu ato de resistência, essa é a minha resiliência, não dá para deixar vocês podres dominarem a vida da qual todos temos direito. É uma pena mesmo, vocês só conseguiram chegar ao topo limitando o nosso acesso, e se a gente conseguiu chegar até aqui comendo pelas beiradas, imagina o dia em que tivermos na mão os mesmos direitos que vocês.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Autorretrato - Capítulo Vinte e Nove - Os pedidos lacrimejantes

Autorretrato - Capítulo Trinta e Seis - Permanência oscilante