Pingo D’água - Utopia

 Não sei se é azia 

Ou poesia

Mas me sobe na goela

Todas as palavras dela


Um vasto campo

Sem perspectivas

Sem acalanto

Cheio de estivas

Para contrabalancearam o seu peso

E acalmar minhas mordidas


Acordei rangendo os dentes

Apertando a mente

Agonizando nos pensamentos

Transbordando o peito


Quantas rimas

Pergunto-me se precisaria

Para fazer feio

E comer seus defeitos


Em um vasto horizonte

Cheio de distância 

Escorregam as palavras que enchem a mente

E dominam a essência 

Sendo pouco descente

Constróem a utopia


Não sei se é azia

Ou verborragia

Mas me esgarça no tempo 

Me faz por inteiro

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