Hipo(crê)sia - Classe Alta
Absurdo é o seu escudo, essa sua veste apertada de hipocrisia barata, que reflete todos os defeitos para não deixar as reflexões entrarem e indagarem quão podre estás por dentro. É essa mania de contatos, de favores escondidos pelos amigos ricos, para disfarçar a miséria de empatia. São os facilitadores, o excesso de computadores, todos os egos que acobertam os seus horrores em troca de poder de morte. As riquezas são feitas pelas precariedades de muitos homens, então precisam do relento para produzir conforto, é a regra da osmose social. Fica melhor para mim assim, pois escolho não me importar para manter as contas para pagar. A miséria não é só física, é emocional, pois adornam em espelho que reflete seu curral, a grande estalagem que garante ao ego o senso de propriedade. Não basta ter uma vida, é preciso exercer seu domínio, sobre os corpos e ninhos, para sentir algum poder em suas mãos. É o grande desejo do hipócrita, controlar tudo o que não tem domínio, para fingir produzir, disfarçar a sua incompetência no mundo, e tentar enganar, aos golpes, que só é capaz de morte. É tamanha a decepção com suas incapacidades, que ficam se distraindo com vaidades, e quando tropeçam na potência de quem constrói, ficam ofendidos com as suas fragilidades inúteis. Não existe diálogo com a marginalidade. Só falta entendermos que é o centro que está encurralado.
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