Nó em pingo d'água - Na ponta dos pés

Cadê você
Que atravessou mares
E olhou pelas marés
À ponta dos seus pés
Onde está lá
Que me deixou sem norte
Faltou-me suporte
Por um pedaço de sorte
Quem veio
Que me trouxe desejos
Mesmo que por devaneios
Sem nenhum receio
Cadê meu beijo
Que veio sem empenho
E me olhou no espelho
Com meus tormentos
Quem foi lá
Que teve o porte
Para testar a morte
E ainda permanecer forte
Onde você vê
que o tempo é uma escassez
Pelas marés
Ou pela ponta dos seus pés?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Autorretrato - Capítulo Vinte e Nove - Os pedidos lacrimejantes

Autorretrato - Capítulo Trinta e Seis - Permanência oscilante