Hipo(crê)sia - Plural
Lá vem a pobre miséria, aquela falta de gente incorporada na revoada. Lá vem aquela ridícula piada, sem cor e sem graça, essa que mais atrasa do que disfarça. Vamos rir dessa tristeza infundada, pisar nesse desmerecimento de gente, pois quem se importa?! Vamos ganhar à custa dessa burrice bondosa, pois afinal, de que me importa?! Guarde seu mar de independência, pois temos uma injustiça que vai te afogar nessa escuridão. Venha e coma na palma da minha mão, pois senão só vai restar para ti viver de ilusão. Venha selar um aperto de mão porque viver de sonhos não é um ganha pão. Essa podridão mundana vai te frustrar, te corromper, te amargurar. Resta para ti se contentar e chorar sem desmaiar. Piadas infames como ti não estão no topo do mundo, sua insensata sensibilidade não te levará a um bom caminho. Esse mundo pertence aos animais violentos e inescrupulosos, com a única sensibilidade de sentir no ar a fraqueza que exala do seu desespero cuidadoso. É melhor saber disfarçar sua delicada humanidade, é melhor se travestir de convenções, é melhor escutar seu predador com mais atenção e quem sabe você desenvolva alguma aptidão.
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