Nó em pingo d'água - Libra

Quantas vezes de mim duvidei

Quantas vezes eu não te deixei

Vi o seu dedo culpando a minha cara

Vi o seu rosto julgando a minha fala

Me perguntei se era justo

Carregar as feridas dos seus olhos na minha imagem

E desisti de me comprometer com explicações

Em vários momentos permaneci em silêncio

E não deixo de levar a culpa

Não sei até hoje se realmente sorri

Não sei o que vi

O que lembro me atormenta

O que ignorei me faz magenta

Essa hipocrisia nojenta

Em silêncio me deixei permanecer

Trêmula, solúvel

Me dilui nesse caos

E me tornei um vírus

Acho que errei o meu caminho

Continuo achando que isso é só um desvio

Continuo ao vento

Continuo nesse relento

Continuo sendo esse tormento


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