Hipo(crê)sia - Papagaiada, a conversa das aves

Por todas as vozes que já exigiram ensurdecer os meus ouvidos, deixo clara a minha preocupação com a sua falta de juízo, a sua coleção viva de laticínios que não te deixa enxergar outros seres humanos nesse mundo. Se você deixasse de ser o que é, veria o quanto está se vendendo para esses porcos donos de vacas. Se você não fosse tão sujo conseguiria ver a sua cara de escória manipulada pelo belo espelho com o qual fingem lhe presentear. A minha intenção não é te desmerecer, mas a cada ofensa que vejo você espalhar pelo mundo, na sua maneira inconscientemente aleijada e hipócrita de pensar, sinto-me no direito de acumular um pouco de repúdio, levemente raivoso. A sua escolha pode ser tão estúpida quanto desejares, só não se esqueça de enfatizar as mentiras que lhe jogam nos olhos, é para isso que você anda servindo. Aponte seu dedo para todos os outros, mas fique sabendo que você está cometendo o mesmo erro cujo qual julga estar sabendo. Desculpe a minha descrição, não vou conseguir ser tão generosa quanto a sua bela estupidez. Desculpe a minha falsa revolução, também não acredito estar sendo efetivamente participativa. E acima de tudo, sinto muito pelo seu comodismo viciado, treinado e dominado. Seu mentiroso juízo está te colocando na beira do abismo.

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