Nó em pingo d'água - Cruela Cruel

Não queria ser tão cruel

Mas acho que em minhas veias corre fel

Queria controlar os meus acessos

Não queria te violentar com o que me matou

Peguei-me cometendo os mesmos erros

Peguei-me te trucidando

Deixei a minha boca dilacerar as suas palavras

Fiz das minhas cicatrizes os seus cortes

Irrompi o seu cuidado com a minha raiva cega

Fui me afastando

Com medo dos meus erros

Com náuseas da minha brutalidade

Te matei com toda a minha sinceridade

Te violei com a minha descontrolada crueldade

Eu não queria ser assim


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Autorretrato - Capítulo Vinte e Nove - Os pedidos lacrimejantes

Autorretrato - Capítulo Trinta e Seis - Permanência oscilante