Hipo(crê)sia - A causa da náusea
Foram os dias em que nada fez sentido e tudo adoeceu nas dores que me desnutriram. E não sei o que me fez parar já que sempre me obriguei a continuar, não sei qual idealização se fez escutar já que sempre fizeram questão de me explicar que o mundo que sonho nunca vai me alcançar. Quis matar com todas as forças que consegui encontrar a sua covardia que veio me afogar. Quero que suas opiniões te explodam nas mentiras que você acha que consegue me vender, que acha que vai me convencer. Fico pensando no que vale o preço que eu pago, pois sei que suas mentiras destratantes já não me fazem chorar, e não me convencem a mentir, nem ao menos tentar sorrir para te enganar, ou tentar jogar algumas palavras que te ajudem a levantar, se olhar no espelho e vomitar. Já não consigo me entender nesse contexto que parece não me conter, não vejo disposição sincera e muito menos um ser que me agrade. Eu minto para mim dizendo que é tudo isso que eu não entendo, mas a verdade é que vejo a podridão que é aqui comida e devolvida. A noção de tudo pode me frustrar, saber dessa nojenta mentira está a me congelar a ponto de não conseguir mais, e não querer mais. A integridade da causa está apenas comigo, pois é a minha causa, a minha verdade, demorei para perceber, e sou estúpida em não admitir mentiras, apesar de tudo. Essa minha idealização não cabe aqui. Sei que parte do meu erro está na compreensão que jogo fora com as suas falas extremistas, e com suas facadas compulsivas. Parte da mentira é minha no exato momento em que me calei. Só sei que disso já me enjoei. Fico aqui, com a minha causa guardada no bolso, uma faca perfurando a minha cabeça, o coração espremido, os olhos poluídos e suas palavras cortando meus ouvidos. Sinto-me coberta por esse manto de mortes.
Comentários
Postar um comentário