Nó em pingo d'água - O momento do desejo

Eu sou meu doce veneno
O calo que estremece os dedos
A falta de força que rompe em um peso
A presença de ausências numa longa queda
Me falta o impulso
Pois eu sou a continuidade
Me firo os olhos para não ver as dores que constroem o mundo
Para não ver as flores que destroem o mundo
Sou o beijo que suga o ensejo
A carência que exige vontade
O fecho que abre na bondade
A profundidade que se cala ao falar
O reflexo que vejo
É a crise da contradição
É a falta de perdição
O sabor que cheiro
Engasga no peito
Sai do estômago e cai no devaneio
Eu sou a minha exigência
Nas minhas carências
Nas dores que...
Nessas dores que

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