Hipo(crê)sia - O remédio da gente
Ah, eu vejo um mundo que o capitalismo não compra, e não vende. Ou melhor, remedia. Cada hora descobrindo uma nova necessidade imediata ele vende um momento, para nos sentirmos aceitos, no grupo, no mundo. Mas somos muito errados, e a vida bem que tenta nos corrigir, mas a gente continua se sentindo só, só um umbigo que tem os maiores olhos do universo contidos nessa falta que a gente tanto sente. É a falta de tempo, é a falta de bondade, é a falta de leveza, é a falta de todo mundo não ter os mesmos conceitos que a gente tem e agir como a gente acha que vai ser para a gente saber o que fazer pra si mesmo. Juram-me que sou singular, único, mas a gente sabe que não é bem verdade, de algum jeito temos que nos encaixar em algum lugar, algum momento, algum grupo aceito. Aceito. E a gente sabe que esse 'a gente' só existe nessas imagens, na pesquisa de mercado, na falta de soldados. E olha que a gente se perde na miragem e vira paisagem, aprendemos a apontar o dedo para os outros antes de apontar o grafite, porque talvez assim nada disso se inscreva nas faltas de ninguém.
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