Hipo(crê)sia - O comunicativo silêncio pós-guerra

Estamos aqui, conjuntamente sozinhos e narcisisticamente envolvidos com nossos desabafos. Será que nos desconfiguramos tanto em nossos medos que os olhos escutam melhor que os ouvidos? Ah! Bobeira. O que fizemos foi conversar com a liberdade e andar com a fobia, pobres controladoras! Sem saber exatamente quem se é, não temos o que esperar em troca, e se soubermos... Bom, ninguém nos viu nessa solidão anonimamente protegida. A verdade é que nascemos sem força para lutar, pois fomos resistentemente nascidos e criados sob pancadas. Voltamos-nos criseologicamente para a falta de saber o que fazer após a revolução, então fomos em silêncio para as nossas casas e nos encontramos aqui, perdidamente vazios por estarmos cheios de opiniões afirmativas que não nos permitem ficar na dúvida, fomos entupidos de certezas negativas que se achavam tão diferentes por caminhar no exato oposto, que agora estamos aqui, nos perguntando para onde não podemos ir.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Autorretrato - Capítulo Vinte e Nove - Os pedidos lacrimejantes

Autorretrato - Capítulo Trinta e Seis - Permanência oscilante