Autorretrato - Capítulo Vinte - Vazio reflexível
Dentre seus desesperos estava tudo comumente refletindo e questionando dentro de suas usuais variáveis. Porém, um instante de fala, que surgiu numa repentina sonoridade, fez sua boca gargalhar desesperadamente enquanto seu corpo tremorizava seu coração controladamente, palpitando-o num susto que se prolongava.
Não
fora nada aterrorizante que fizera uma dor de cabeça pontuar suas têmporas, um
desejo de choro, que nunca se realizaria, permear seus olhos, uma dor
pressurizar suas glândulas, e um frio tremelicante texturizar seu corpo em
calores específicos.
Ela
estava inexplicavelmente sentindo um momento desestabilizador cujo não sabia
direito o que acontecera. Todo esse descontrole sensorial a fazia refletir
intensamente sobre coisa alguma, soando como um desesperançoso existencialismo.
Às
vezes desejava poder voltar a ser criança, quando suas lógicas não precisavam
ser cientificamente comprovadas por fatos inteligíveis, e eram, simplesmente,
aceitas em sua ingênua simplicidade, intencionada e comunicante.
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